24 de julho de 2009

Noite...

Através da minha janela, a noite. Calma, insípida, incolor. Derramou em algum lugar as estrelas, de modo a mostrar-se comum. Choro a ausência das mesmas. Lágrima a lágrima na esperança de vê-las, até que a última se esvai. E a noite parece mais longa que o tempo que lhe é destinado. Arrastam-se as horas por entre minha espera. Nada, ninguém, nem som, nem a ilusão de algo. E ainda admiro o escuro lá fora, querendo desfrutá-lo, prová-lo. Ah, a noite. Tanto se pode viver à noite. E eu aqui atrás da janela, presa nas minhas próprias amarras. Derretida em lágrimas por causa da ausência das estrelas, que a noite roubou de mim, me deixando escura tal qual o é.
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Lai Paiva

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