30 de outubro de 2011

Saudades de Agora e Depois


* Para minha irmã , amiga, cúmplice de momentos bons e ruins, confidente, parceira de todas as horas. E que vai pra longe de mim... Me deixando pela metade...






Amiga minha
Minha querida
Queria ir-me
Ao lado teu
Seguir contigo
Por teus caminhos
Porque aqui
Ao lado meu
Minha saudade
Há de ficar
Minha tristeza
Há de partir-me
Pra que tu leves
Parte de mim
Por onde andares
Pra toda a vida
E assim seremos
Estas amigas
Que a distancia
Não levará
Pro esquecimento
De cada uma...

Lai Paiva


25 de outubro de 2011

C. C.



* Pra um bem querer tão antigo e tão atual


Ah, se me levares tua
Eu irei tão nossa
E beijarei teus versos
E abraçarei teu canto
Te farei tão meu
Devolverei o tempo
Que se perdeu de nós
Escreverei mais cartas
Descreverei sentires
Te amarei bem mais
Mais que amaria antes
Por mais tempo ainda...

Lai Paiva

23 de outubro de 2011

Tudo Novo




(James Jean)


Novo de novo
Novo dia
Dia novo
Tudo de novo
Tudo novo
Novo amanhecer
Amanhecer de novo
Novo sabor
Um sabor novo
Sentir de novo
Novo sentir
Aquilo tudo novo
Tudo aquilo de novo
Novo verso
Um verso novo
Novo olhar
Olhar de novo
Isto que é novo
Escrever de novo
Apenas o novo
Inovar de novo
O novo de agora
Agora e de novo
Viver o novo
Um novo viver
De novo e de novo...


Lai Paiva

22 de outubro de 2011

Por aí...



Quero
Faço
Chego
Fico
Beijo
Abraço
Ganho
Dou
Sei
Sou
Estou.

Lai Paiva

19 de outubro de 2011

Gosto disso...




Gosto de beijar nos olhos
De sentir os cílios úmidos
A varrerem palavras
Que sutilmente sopro
Gosto de morder os lábios
Que não sejam os meus
De chupar a língua
Que me transforma em doce
Gosto, ah como gosto
De juntar os corpos
De unir os gestos
Num abraço ousado
Onde sinto o outro
Penetrar meus poros...

Lai Paiva



18 de outubro de 2011

Se ouves, escutas...





(Eveline Tarunadjaja)



* Pra alguém há quilômetros de distância física de mim. Alguém de quem nunca hei de esquecer. Alguém desses assim, de um querer proibido e tão quisto.




Noite minha, essa nossa
Em que deitas as palavras
No silêncio que me acalma
E me faz adormecer quieta
Na lembrança de nós dois
De quando te sentia meu sem ter
De quando estavas aqui e partias
Longe, há quilômetros, me ouves?
Essa minha saudade gritante
Se ouves, voltas apenas por hoje
E beijas meu beijo mais doce
E cheiras o meu cheiro mais íntimo
Que quase não ouço mais teu sentir
Aquele que contavas pra mim em segredo
Esse mesmo sentir que ainda trago em mim
Além dessas linhas, acima das horas
Que separam nós dois dessa forma
Voltas, que te espero dentro de mim
Guardada e enfeitada pra ti...



Lai Paiva


13 de outubro de 2011

Por Quanto Viverem as Rosas (Repostando)


Baseado em fatos reais. Dedicado á minha amiga querida Mila Porto.




Uma ou outra traduzia a paixão. A paixão que sentiam por eles. Não a paixão passageira ou sensata, pois que por si elas eram a ausência daquilo que traduzia a razão no modo de sentir. Sentiam como quem sente pela primeira ou última vez. Com a urgência do sentir sem sentido. Aquele sentir que rouba pra si o que há de mais forte e exato. E com voz própria. Um sentir exacerbado.
Olívia não sabia ser senão seu querer explícito e tantas vezes infundado e vão. Sentia demais e mais que pudesse dosar. Perdia-se de si de tanto querer. Sentimentalista como poucas. Insana como tantas que sentem demais.
Clara trazia consigo tantos sentimentos, os mais diversos, os mais gritantes, mal sabia senti-los. Às vezes, tinha a nítida sensação de que era feita apenas de devaneios. Sensível como só são as pessoas que sentem demais aquilo que se apodera de si.
Certo era que o certo não sabia ser para elas o que o incerto punha dentro de cada uma. Nos olhos, no caminhar, no discurso, no silêncio.
Amigas, de uma amizade recente, mas de afinidade extensa. Mulheres dessas poucas que não competem entre si. Dessas em que uma começa quando termina a outra. Dessas que cada uma traz em si a beleza e a grandeza de ser e compartilhar o que tem na outra, o que falta, o que sobra.
E aprendem juntas a ser o que querem.
Olívia e Clara compartilhavam seus amores e desamores em tantas mesas de bar quanto foram as histórias que traziam consigo. Bebiam suas dores, seus anseios, seus desejos realizados, suas frustrações, suas paixões correspondidas, suas desilusões mal vividas. E embebedavam-se.
Muitos goles de incertezas diluídas. Muitos brindes de alegrias momentâneas. Risos leves, alcoolizados. Segredos que só uma à outra diziam.
Muitos foram os nomes ditos, sentidos, tantos Marcelos, Chicos, Luizes, Danis, Marcos, Mateus. Muitas foram as declarações que seriam deles, mas alguns deles nem estavam ali. Alguns mal sabiam que eram tão bem quistos. Talvez elas devessem dizê-lo, talvez não. Na dúvida, preferiam compartilhar entre si.
Ouviam canções como quem se encontra em cada uma delas. Algumas a faziam chorar, outras, dançar. Riam de si mesmas, de suas aventuras juvenis em plena maturidade. Cantavam as canções em alto e bom tom, como se quisessem declarar suas paixões aos seus. Mesmo sabendo que não a ouviriam ou que talvez fosse mesmo melhor que não ouvissem.
Muitas paixões as inebriavam tanto quanto o álcool que ingeriam juntas...
Como não viver aquilo que se queria tanto viver? Perguntavam-se sempre... E elas tinham pressa. Seus momentos eram tão ansiosos. E elas se encontravam melhor nos braços de seus sujeitos apaixonados. Sim, sentiam-se como rosas, belas, cheirosas, fincadas nos abraços que queriam seus, nos lábios deles...
E assim queriam estar por quanto fosse possível...

Lai Paiva



11 de outubro de 2011

Beijos Seus (Repostando)



Tenho beijos
Sim, os tenho
Beijos meus
Pra serem seus
Pra serem nossos
De um querer
Comum à nós
E de sabor de
Querer mais...






Lai Paiva

6 de outubro de 2011

Dias e dias





(Luminatii - The Loved Birds)


Dias de se ganhar
Outros de se perder
Alegria pra se fazer ouvir
Tristeza pra se esconder
Dias que me soam bem
Outros que me tratam mal
Palavras que beijam a boca
Outras que me fazem falta
Horas que são aflitivas
Minutos que me enchem os olhos
Dias em que me sinto mais
Outros que me encontro menos
Passos que parecem leves
Outros que nem sei dar
Tudo que parece nada
Nada que aparece sempre
Dias que se dão pra mim
Outros que me roubam inteira
Que me levam aonde
Eu não deveria ir mais...

Lai Paiva




Ver sem olhar




















Há tanto que eu não sei
Do tanto que julguei saber
Daquilo que me era claro
Por tanto quanto foi crível
Andei por tantas certezas
Que nunca me foram certas
Ouvindo verdades falsas
Cantadas pra me embalar
Os dias me foram anos
Os anos me são tão longos
Palavras me dizem nada
Pra tudo que quero ouvir
Mas tudo um dia passa
E eu passo por tudo sempre
Pra tudo não ser de novo
Isto que mal vivi
Disto que me emudece
Que mato atrás das linhas
Escritas sem nem olhar...



Lai Paiva

5 de outubro de 2011

Pra ele (Yago)























Só pra ele
Meu melhor abraço
No abraço, meu amor inteiro
Quando estou com ele
É quando não estou só
Se ele me olha
Sinto-me acolhida
Só quando ele me fala
Acalma minhas dores
Pra ele me reinvento
Só para ser-lhe perfeita
Só ele me inspira tanto
Só ele me faz ser melhor
Com ele viver é mais fácil
No beijo dele
Eu encontro minha paz
Quando ele sorri pra mim
Se esvai toda minha tristeza
Sua voz ao falar-me
Me põe mais segura
Se me deseja bom dia
Meu dia é mais leve
Quando me dá boa noite
É quando durmo tranquila
Quando chora comigo
É quando sinto que é cúmplice
Quando diz "eu te amo"
É quando ouço a verdade
Só com ele posso mais
Pra ele quero tudo
Ao lado dele vou mais longe
Só pra dar-lhe aquilo que quer
E que seus olhos me pedem
A leveza de ser e estar
Pois por ele e com ele
Cada dia é mais doce
Do sabor que ele tem
Um sabor de alcaçuz...

Lai Paiva

3 de outubro de 2011

Isso



(Paperboogie - The City)


Isso de ver e não tocar
Isso de querer e não externar
Isso de sentir e relutar
Isso de ter pra dizer e calar
Isso de lembrar de não esquecer
Isso de beijar os beijos já dados
Isso de abraçar os abraços partidos
Isso de estar sem nunca mais ter estado
Isso de chegar sem não ter voltado
Isso de perder o que foi dado
Isso de escrever por não poder ser dito
Isso de passear no passado
Isso de não se encontrar no presente
Isso de se perder no futuro
Isso que eu nem deveria chorar
É tudo isso que às vezes acomete meus dias
Isso que um dia vai passar...

Lai Paiva

Em mim...





(Mnemakk - Balcony)




Às vezes
Sinto falta
De lábios
Pra calar
As palavras
Mal ditas
Desses meus
Lábios sós...



Lai Paiva




2 de outubro de 2011

Vivendo...



Nas horas, suspiros meus
Viva, descrevo instantes
E sinto-os ao leve toque
Olho ao redor e enxergo tudo
Tudo o que hei de sentir
Assim que as incertezas sumirem
Bem desse jeito que some a vida
Quando a deixamos esvair-se
Sem que possamos levá-la
Pra bem dentro de nós...

Lai Paiva