3 de maio de 2011

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Injustas são as horas que passam urgentemente por aquela moça. Não a esperam. Sequer olham pra trás. As horas passam e levam consigo a vida que ela queria pra si. Um lar, uma filha, um companheiro. Não qualquer um. Mas aquele moço à quem tanto amou logo que posou seus olhos nele. Aquele moço com quem passara a sonhar seus melhores sonhos. Sim, ela o amou desde a primeira vez. Sim, ela o amará para sempre. Mas as horas, essas horas, já não são mais deles. A moça está bem aqui. Nessas linhas tristes. O moço, talvez em outras igualmente tristes. Não se sabe ao certo. O amor, ah o amor, está bem alí, no íntimo de cada um. E este mesmo amor, estas mesmas horas, este mesmo moço, esta mesma moça, eles mesmos os separam de si. Quão injusta é a vida de cada um. E as horas que não os unem mais... Ai de quem ama tanto assim... Porque hão de morrer de amor...


Lai Paiva

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