13 de julho de 2012

Escolhas


Não há nada mais caro do que fazer as escolhas erradas. O preço é alto e o pagamento, árduo. Algumas pessoas precisam errar em certas escolhas para aprenderem a discernir as próximas. Outras, permanecem errando fielmente, sem a mínima possibilidade de aprender a acertar. Como numa espécie de vício em permanecer errando. Como se as escolhas erradas parecessem as mais apropriadas. As mais satisfatórias, quiçá as únicas ofertadas. E elas até contentam por um certo tempo. Pelo tempo que dura o torpor que trazem, mas em algum momento dá-se à cobrança devida. Então, resta pagar. Ainda que a moeda seja aquilo que temos de mais precioso: o bem que pouco ou quase nada se consegue manter nas horas que cada dia trazem consigo pra vivermos. 


Lai Paiva


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