27 de dezembro de 2011

Presente de um amigo poeta



POEMA DE ELAINE
por Alessandro de Paula

Ela é meu porre
de poesia e vinho nas noites.
Porrada em versos.
Suave,
a carne crua,
o sentimento nu,
a alta-costura,
a máfia russa feita estrofe,
a moda, a foda.

O golpe pesado da luva
em mão leve. Ela é desafio,
poética esfinge que
insiste e diz:
"Dispa-me os versos ou
vou-me embora."

Ora veja, solitária à mesa,
mas só quando quer.
Saca o aparelho da sacola
e manda um torpedo.
Bomba de chocolate na cara.
Tão doce, tão flor.
Tão capuccino com canela.

Embriaguez
e oras-vejas às posturas babacas
excludentes de
ternura
e profundidade.
Ela é contravenção,
traficando calor
e
alegria.

Quando o mundo quer ser mais cinza.
Ora-veja...

Ela repudia o que não tem cor.
Ela é amor.
Com ela aprendo
a devolver amor
sem perceber.


Nenhum comentário:

Postar um comentário