19 de novembro de 2011

Recolhida






Visto-me
Recolho meus versos
Não deviam andar
Na poesia alheia

Cubro-me
Do mesmo silêncio de outrora
Daquele calar das entrelinhas
Onde diluí meus segredos

Tranco-me
Nos meus sentires
Sinto e nada digo
Que me faça ouvir

Escrevo-me
Descrevendo o querer
E o que trago aqui dentro
Pra que leiam à mim

Palavras, nada mais que eu sou
Que palavras bem ditas...

Lai Paiva

2 comentários:

  1. e recolhidos, aos poucos, a íntima nudez nos amanhece...
    denison

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  2. esse é bom mesmo talves um dos melhores lai ta na hora do livro...

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