14 de junho de 2011

Olhares...


Olhou aquela moça com aqueles olhos silenciosos que tão bem querer expressava. Fitou-a como se estivesse a fazê-lo pela última vez. Mediu cada cantinho dela na intenção de jamais guardá-la no esquecimento. A queria alí, sob seus olhos, sob a proteção do seu olhar. A lua brilhava alta. O mar compartilhava quieto daquele instante só deles. Um cheiro bom de maresia e perfume banhava aquele momento. Sim, havia um cheiro peculiar bem alí, sob eles. A moça estava encantada. O moço, igualmente. E não havia ninguém mais a notá-los. Apenas a lua a testemunhar aquilo que não se sabia ao certo o nome, nem ao certo a medida, mas que era o que havia de mais afável a contentá-los. De modo que eternizariam aquela noite por várias e várias noites... Ainda que jamais voltassem a sentir um ao outro assim...


Lai Paiva

4 comentários:

  1. Nada do que foi será de novo, do jeito que já foi um dia... tudo passa, tudo sempre passará...

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  2. Feliz de quem faz as coisas sempre como se fosse a última vez.

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  3. Beta, Camila e Juliana, obrigada pelas visitas especiais! Beijos

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