26 de agosto de 2010

Muda...


(Van Gogh)

As coisas andam sempre a mudar
Mudam depressa, mal se percebe
Queira ou não tudo é tão breve
Findo o dia menos horas se tem
Finda a hora menos tempo se vê
Tudo se esvai num piscar de olhos
Um passar de breves instantes
Tem-se aqui, perde-se alí
Vive-se o agora, lamenta-se o acabado
Chora-se o que não houve
A menos que se saiba tê-lo
Que as coisas por nada esperam
Pra mudarem e chegarem ao fim.
.
Lai Paiva


7 comentários:

  1. tudo se transforma, inova e renasce em poesia, bonita composição.

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  2. "As coisas andam sempre a mudar"

    E mudam tão depressa que raramente as sentimos por inteiro. É caso para perguntar: que aconteceu ao manipulador do tempo?

    beijo :)

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  3. O fim determina o caos de todas as tentativas. Ainda prefiro o erro das mudanças. Bjs moça!

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  4. Cheguei aqui em boa hora, Lai, hora de perder tempo com o que o própro tempo atesta ser imperdível. Como este poema, delicioso, e com direito a um fecho de ouro de 18 mil quilates (existe isso? sei lá: aquilatar não é o meu forte):

    Chora-se o que não houve
    A menos que se saiba tê-lo
    Que as coisas por nada esperam
    Pra mudarem e chegarem ao fim."

    Obrigado! Adoro finais bem findados que falam do fim!!

    Ontem mesmo achei um desse gênero. E o copiei tão sofregamente, que acabei me esquecendo de copiar também o titulo do poema, os versos iniciais e... o nome todo da autora! Ela que me perdoe pela mutilação de sua obra e se console apenas com o crédito ao seu primeiro e sugestivo nome - Consuelo:

    "Confesso
    Cada vez sou menos eu
    E mais o que vivi.
    Por isso é que me apuro
    para não chegar tarde
    ao que realmente fui
    quando tudo acabar."


    Bjs

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  5. Tânia, Ac e Tuca obrigada pela visita e apreciação. = )


    Leo, sempre bom vc por aqui! Bj

    Rodolfo querido, adoro suas visitas expressivas. Bj

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  6. Passe por teu blog, curti e resolvi te seguir!
    bjs RITA
    www.olharesedetalhes.blogspot.com

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