17 de março de 2013

Ressentida



Amei quem deveria odiar
Odiei cada instante sem ele
Quando deveria evitar
Amei como se ama uma vez
À quem vez alguma deveria gostar
Olhei para ele sem ver de verdade
Vi o que ele mentia tão bem
Não a verdade suja que era
Dei tudo o que desmerecia
Sem nada em troca ganhar
Além das mentiras sinceras
Que tinha o dom de lançar
Pra me ter tão rendida
Aos seus desafetos cruéis
Que eu beijava com tanta paixão
Achando que beijaria pra sempre
Sem saber que vivê-lo era como morrer em seguida
Condenada a ser uma entre tantas
Num abraço que ele jurava fiel...

Lai Paiva

Um comentário:

  1. Desague. Depois, resguarde o que restou de bonito num lugar mais lindo do coração.

    Acontece, Lai.

    beijo na alma,
    Sam.

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