24 de maio de 2010

Do meu extremismo, isso...

Prefiro não vê-lo mais
Nunca mais, nem ao longe
Se não posso mais olhá-lo
Com esse meu olhar apaixonado
De sempre
Prefiro não lembrar mais
Do seu cheiro perfeito
Aquele que conheço
Até de olhos fechados
Se não posso mais
Roçar minhas narinas
Em cada cantinho perfumado
Prefiro não dizer-lhe mais nada
Se não posso mais dizer-lhe
Te amo hoje
Quando hoje eu ainda não disse
Prefiro nem ter mais notícias
Se as notícias não o trazem pra mim
Pra perto dessa minha
Saudade descontente
Prefiro esquecê-lo, enfim
Se não devo mais esperá-lo
Se não devo mais amá-lo
Se não hei mais de tê-lo
Preferia estar delirando
E que não fosse verdade
Essa verdade cortante
De que não somos mais nossos...
.
Lai Paiva

4 comentários:

  1. ...
    Bom aqui também.
    Gostei de suas letrinhas.
    Beijo.
    ...

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  2. A dor é maior quando dor de lembrança presente. Não aquela que aparece sem ser esperada. Mas, aquela que insistimos em buscar na gaveta que deveria estar fechada. A dor é maior quando a alimentamos, a pequenas migalhas. Somos, e, temos muito mais do que isso. Todos nós.

    Abraço do Leonel.

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  3. Pri, louca sou eu que amo assim, sozinha...

    Júlio, que bom que gostou. Seja bem vindo.

    Leo, e por mais que doa, mais parece que eu busco essas lembranças... Bj pra tu.

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