POEMA DE ELAINE
por Alessandro de
Paula
Ela é meu porre
de poesia e vinho nas
noites.
Porrada em versos.
Suave,
a carne crua,
o sentimento nu,
a alta-costura,
a máfia russa feita
estrofe,
a moda, a foda.
O golpe pesado da luva
em mão leve. Ela é
desafio,
poética esfinge que
insiste e diz:
"Dispa-me os versos
ou
vou-me embora."
Ora veja, solitária à
mesa,
mas só quando quer.
Saca o aparelho da sacola
e manda um torpedo.
Bomba de chocolate na
cara.
Tão doce, tão flor.
Tão capuccino com canela.
Embriaguez
e oras-vejas às posturas
babacas
excludentes de
ternura
e profundidade.
Ela é contravenção,
traficando calor
e
alegria.
Quando o mundo quer ser
mais cinza.
Ora-veja...
Ela repudia o que não tem
cor.
Ela é amor.
Com ela aprendo
a devolver amor
sem perceber.
Nenhum comentário:
Postar um comentário