Sabia ser dois, parceira, metade de um. Não sabia não sê-lo. Ser só mal cabia no seu ser. Faltava-lhe a continuação do seu meio sorriso. O ponto final das suas frases. O apreço pelas vinte quatro horas dos dias. Horas que ela só sabia agora contar, sem vivê-las. Sentia-se um pedaço de algo que era inteiro. Partiu-se. Quebrou-se. Não se sabe ao certo. Sabida é a solidão. Pulsando bem ali no peito dela. E ela, ah, ela não saía mais de dentro de si. Porque não havia mãos para dar-lhe as mãos pro seu caminhar. E o caminho parecia tão árduo...
Lai Paiva
Solidão à dois
ResponderExcluirnum ímpar de dois
até nas estradas
nas partidas dobradas
passo a passo
laço a laço.
Meu beijo,Lai.
Sam querida, obrigada pela contribuição e presença por aqui.
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