Sempre que um ano anuncia o seu final as pessoas tendem a refletir sobre o que fizeram e o que deixaram de fazer, de tudo aquilo que estabeleceram como meta ou, simplesmente, tiverem vontade ou necessidade de fazer e não o fizeram. Comigo não poderia ser diferente. Especialmente comigo. Mas também pude ver nos olhares perdidos de algumas pessoas ou ouvir claramente nos seus momentos silenciosos que não fui a única a não cumprir, a não realizar, a não executar meus planos, meus desejos, meus sonhos. Acontece. Como também deixa de acontecer, certas vezes. Viver é isso. Fazer e se abster. Bom, mas ao final desses dias, desses meses, desse ano inteirinho de oportunidades que tivemos e que nos foram podadas, não há de haver lamentações. Elas não serão transformadas em realizações. Não mesmo. Lamentar é sofrer tudo de novo, já li em algum em alguma rede social. Se alguma coisa ficou na gaveta, no papel, na memória, já era, por hora. Agora é planejar melhor. Realizar nos próximos meses, no próximo ano, que está pertinho de onde guardamos nossas esperanças. Acreditar sempre! Não é assim que se começa algo?! Então eu desejo que este finalzinho de ano nos possibilite armazenar as nossas frustrações num lugar onde a gente não volte pra visitar. Que a gente possa acreditar mais na gente e menos em qualquer pessoa que nos minta como quem diz verdades doces. Que a gente possa reconhecer à distância os males disfarçados de coisas boas e as pessoas que nos olham sem nos enxergar. Que nossos talentos sejam enaltecidos e que possamos ter oportunidades maiores e melhores para explicitá-los. Que o amor nos faça acreditar nas relações amorosas. Que não nos falte saúde, mesmo que tudo pareça perdido. Que Deus nos faca senti-lo exatamente como ele é: grande e presente. Que haja mais respeito entre todos, sem que uns e outros se achem melhores ou piores por um ou outro detalhe de cor, religião, orientação sexual, nível intelectual ou poder aquisitivo. Cada um sabe de si, ninguém precisa de aprovações ou acusações. Que isso fique cada vez mais claro. Somos do tamanho que nos damos. Da importância que nos julgamos. Que o ano novo nos livre das tristezas deste ano que nos acena. Que a gente possa ter aprendido para não cometer os mesmos erros. Que possamos manter perto da gente apenas quem mereça nosso valor e nossa dedicação. Que entendamos, todos, que não estamos fadados à ser infelizes nem a morrer um pouco a cada dia, pois, enquanto o sol nascer para a gente, haverá uma nova chance de tentar de novo e de novo e de novo, até a gente acertar e fazer valer a pena cada momento. E que venham muitos momentos! Que estejamos preparados para todos. Coragem para todos nós frente aos nossos medos. Somos maiores que eles, certamente! Beijo, beijo, beijo!
Um Feliz Ano Novo para todos nós! Especialmente para cada um de nós!
Amém!
Lai Paiva